A complexidade dos problemas e as incertezas geradas pelas rápidas transformações que ocorrem no mundo moderno tornaram evidentes as limitações das formas tradicionais de planejamento urbano para as grandes cidades.
Face à necessidade de compatibilizar os desafios gerados pela nova estruturação das sociedades urbanas no mundo globalizado, ao final dos anos oitenta foi adotada, em algumas grandes cidades, a técnica de enfoque estratégico ao planejamento urbano cuja metodologia consiste em conceber um futuro desejado e definir os meios reais
para alcançá-lo.
O Planejamento Estratégico de cidades tem seu desenvolvimento nas idéias de prática comunicativa. Dentro dessa prática, um dos pontos mais importantes para o planejamento é o estabelecimento de uma efetiva estrutura de cooperação público-privada cujo objetivo é coordenar ações, individuais ou comunitárias, para a busca e implementação de metas consensuais.
Essa é uma significativa evolução da postura dos governos locais e da atitude da comunidade privada em uma nova consciência de deveres, responsabilidades e ações, visando o consenso na construção da cidade. Trata-se de uma tarefa comunitária na qual a sociedade atua através de seus governos, entidades, empresas e instituições.
Esse processo participativo permite a escolha inteligente de estratégias de desenvolvimento urbano que permite a execução de um programa de ação com perspectivas de sucessos, capaz de acelerar a geração de riquezas e o progresso social.