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Hospital da Posse: secretário de Saúde afirma, em audiência na CMNI, que governo federal precisa reassumir sua administração

10/01/2019


"O Hospital Geral de Nova Iguaçu é hoje um hospital regional. Mais de 3 milhões de pessoas utilizam a unidade em atendimentos de urgência, emergência e internação. Junto com a Maternidade Municipal Mariana Bulhões, nosso complexo hospitalar atende 72 municípios do Rio de Janeiro, e até de outros estados. Gastamos quase R$ 19 milhões/mês para custear este atendimento. Recebemos R$ 1 milhão e 500 mil do Estado do Rio, isso quando realiza o pagamento, e R$ 8 milhões do governo federal. Nova Iguaçu não aguenta mais pagar esta conta". O desabafo foi feito pelo secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, doutor Manoel Barreto de Souza, nesta manhã (9), durante audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores para a apresentação do Relatório de Gestão referente ao 2º quadrimestre de 2018.

Presidente da Comissão de Saúde, o vereador Dr. Cacau lembrou que o contrato da União com a cidade, que transformou o Hospital da Posse em uma unidade municipal, já está vencido há anos. "O Ministério da Saúde precisa adequar seus repasses financeiros. Se não o fizer, tem que retomar a administração do HGNI", disse. O vereador Fabinho Maringá, vice-presidente da Comissão, relatou a visita que ele e Dr. Cacau fizeram à Maternidade Mariana Bulhões, no dia 4 deste mês. "Mesmo com todas as dificuldades, atendendo a uma população quase 4 vezes maior que os seus moradores, Nova Iguaçu tem conseguido prestar um atendimento digno no Mariana. Conversamos com diversas gestantes, e seus acompanhantes, e a maioria deu depoimentos de acolhimento e cuidado com a saúde tanto da mãe quanto do bebê", afirmou Fabinho. Ele lembrou que o Mariana realiza 700 partos/mês, quando sua capacidade é para 300 partos/mês.

O subsecretário de Planejamento da Secretaria de Saúde, Carlos Alberto Souza, fez a apresentação dos números relativos à gestão, destacando que a pasta espera que aja um aumento do fluxo de caixa da Prefeitura, o que irá significar um orçamento maior do que o de 2018, na ordem de R$ 371 milhões. "A Secretaria, hoje, trabalha para que toda a rede de saúde esteja habilitada para receber custeios maiores de Brasília. Estamos adequando as Unidades de Austin, Vila de Cava e Patrícia Marinho, conforme as exigências do Ministério da Saúde, para que se tornem Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas.

Ao final da audiência, Manoel Barreto entregou à Comissão relatório, solicitado pela Câmara, sobre o acontecido em 18 de dezembro do ano passado, no serviço de Emergência do Hospital da Posse, quando um funcionário terceirizado agrediu fisicamente um paciente. Luiz Eduardo Sergio Conceição foi afastado de suas funções e uma investigação já está em curso para apurar todos os fatos e apontar as medidas cabíveis.