Com a decadência do comércio de auto peças na região de São Cristóvão, um novo centro de vendas do setor começou a crescer no hoje chamado Pólo Automotivo Iguaçuano (em 1973 com algumas lojas na Avenida Nilo Peçanha e depois se expandiu para as duas ruas próximas). Atualmente existem cerca de 110 lojas no complexo que oferecem 1,7 mil empregos diretos e 1mil200 empregos indiretos. A Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu criou lei que possibilita o estacionamento gratuito aos consumidores do Pólo.Maior shopping a céu aberto de auto peças do Estado, ele agora tem uma associação e realiza o II Encontro Automotivo a partir da demanda dos clientes que acontecerá de 24 a 26 de maio no SESC de Nova Iguaçu. O evento tem como objetivo viabilizar às pequenas empresas do setor de auto peças o contato com o setor de compras de grandes empresas, formando um ambiente de negociações favorável entre ambas e facilitar o acesso a informações. A iniciativa é tão bem sucedida que atrai empresários e consumidores da Baixada, do Rio, interior do Rio e até de outros estados brasileiros.
Cerca de 60 mil veículos circulam mensalmente pelas ruas Nilo Peçanha, Dr. Luís Guimarães e Otávio Tarquino que formam o pólo, considerado o mais organizado no estado, o que faz com que moradores do Rio, de outros municípios da Baixada e da região metropolitana procurem o local em busca de peças e acessórios para seus automóveis com preços mais baratos. Também trafegam na Baixada cerca de 244 mil 210 veículos, maior frota de automóveis no estado. Os dados são da S-Cositran (Secretaria de Transportes de Nova Iguaçu).
O projeto de criar oficialmente um pólo cosmético de Nova Iguaçu está prestes a se tornar realidade num município que responde por 11% da produção nacional. Reunidos no final do ano passado, representantes dos Poderes Executivo e Legislativo, lideranças do comércio e da indústria local discutiram o fato com representantes da Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e com os principais empresários do setor cosmético da Baixada.Em pauta o Programa de Desenvolvimento Regional para o Setor de Cosméticos que visa integrar as empresas participantes do projeto, buscando de imediato a retomada das ações em prol do desenvolvimento do Pólo Cosmético da Baixada, que será montado em Nova Iguaçu. O diretor executivo da ABIHPEC, Manoel Teixeira Simões e o coordenador de núcleos regionais, Marcos Quintanilha demonstraram o interesse da Associação em ter dentro do pólo as principais empresas cosméticas da Baixada e vindas de outras regiões. Ele destacou que a região já chama a atenção do país no setor de cosméticos.
Manoel Teixeira salientou a importância de se reunir o maior número possível de empresas visando à união e troca de idéias afins, melhora dos processos produtivos e a importância de se obter parcerias com órgãos especializados em capacitação profissional, inovações tecnológicas que, para ele, são os primeiros passos para se obter qualidade e confiabilidade do mercado consumidor.
Nova Iguaçu concentra 11% da produção nacional de cosméticos e, a cada ano, a Fibel (Feira da Beleza Iguaçuana), que começou como iniciativa dos irmãos Alpino vai ganhando importância no cenário da beleza no estado. Originalmente, a área de abrangência da Fibel eram os municípios da região, mas muitos fornecedores de móveis para salões, principalmente, perceberam que a feira tornou-se referência não apenas na área de varejo, mas também para o atacadista. Assim, surge a oportunidade do contato do fabricante/expositor com seu cliente na Baixada e também de outros estados. Empresas como Embelleze, Nielly e Aroma do Campo são apenas alguns exemplos das empresas da Baixada que exportam para China e alguns países da África.
Atualmente, a Prefeitura Municipal, a Câmara Municipal de Nova Iguaçu e as instituições representativas do comércio local, como Associação Comercial e Industrial (Acini), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Varejista (Sincovani) e de apoio a iniciativas desse tipo, como Sebrae/RJ, visam proporcionar às empresas acesso a novos mercados para divulgar seus produtos, difundir novas tecnologias, expor novas características de seus produtos e, principalmente, fortalecer a vocação de pólo cosmético da cidade de Nova Iguaçu a partir da divulgação de suas marcar e do aumento da demanda por produtos e serviços, além da melhoria do ambiente de trabalho para os profissionais da beleza.
A lei 3.726, aprovada pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu e publicada em 21 de dezembro passado, autoriza o poder Executivo a disponibilizar incentivos às empresas que vierem a se instalar no município de Nova Iguaçu. Essa legislação pode estimular também empreendedores que negociam com a Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu a criação do Centro para Inovação e Competitividade (CIC), popularmente chamado de Parque Tecnológico de Defesa e Segurança.O fato da Indústria Condor – especializada em armamentos não letais (como spray de pimenta e outros instrumentos de defesa) – ter sido convidada para ser a empresa âncora do projeto inspirou esse primeiro nome. Os interessados serão instalados em área pertencente à Codeni (empresa de economia mista, com acionistas e participação da Prefeitura) no bairro de Adrianópolis. De acordo com responsável pelo Setor de Relações Industriais da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Agricultura (Semic), Júlio César Senra, o CIC tem um objetivo mais amplo que segurança e defesa.
A idéia surgiu a partir do último Encontro de Negócios da Baixada, em 2005, no SESI/Firjan, em Nova Iguaçu, quando técnicos da prefeitura viram o potencial da Condor, já localizada no município e que exporta seus produtos para diversos países. – Estamos em processo de discussão com o Conselho de Administração da Codeni, porque ela possui acionistas e representantes da Prefeitura e necessitamos primeiro da aprovação do Conselho-, explicou Júlio Senra.
Independente disso, os técnicos da Semic já solicitaram um estudo de viabilidade econômica e contam com a parceria de um consórcio formado por várias empresas, pela própria Firjan, pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) e depois todo o processo será analisado pelo Procurador Geral do Município. – O Inmetro pode participar agora e depois também, mesmo não estando localizado aqui-, explicou Senra, acrescentando que todos os meses o consórcio se reúne para avaliar os avanços do projeto.
Uma das atribuições de Júlio Senra é buscar uma aproximação da Semic com as indústrias instaladas em Nova Iguaçu e, para isso, ele está criando um banco de dados com informações sobre o parque industrial iguaçuano.
A lei 3.726 concede por 10 anos o direito real de uso para empresas que invistam entre R$ 500 mil reais e 2 milhões e 500 mil, por exemplo. Determina a criação de infra-estrutura nas áreas destinadas à instalação das empresas, assessoria técnica aos novos empreendedores na obtenção de suas licenças e prevê outros benefícios. Como contrapartida, as empresas devem gerar, no mínimo, 30 empregos, com 50% de mão-de-obra composta por moradores do município.